terça-feira, 11 de junho de 2013

Idoso no cartão... jovem no coração...



Ser velho é um problema!? Não! Ter sido jovem é o problema que assusta, a mente de quem envelhece... Quem envelhece somos todos nós, começamos por bebés, a jovens, mais tarde revelando-nos em adultos, terminando em idosos… nunca querendo chegar a velhos, e porque?! Idoso é uma pessoa considerada de terceira idade, que sofre modificações psicológicas, físicas e sociais, tendo a mente aberta a novas aprendizagens, pensando sempre num amanhã diferente, estando apta a aprender a aprofundar o saber, porque afinal, nunca se sabe tudo, aprende-se a cada dia que se vive… Enquanto que a pessoa velha é também considerada de terceira idade, que sofre modificações psicológicas, físicas e socias, contudo não se encontra apta a aprendizagens, pensa somente no passado esquecendo-se de viver o presente e o futuro… E é nestas alturas em que as capacidades são reduzidas em que o cérebro não armazena toda a informação necessária; em que as pernas já não caminham sozinhas, em que os braços já não alcançam o que ontem alcançavam; em os dedos eram “bem feitinhos” hoje mais engelhados e tortos, dificultando, o agarrar, o mexer e tocar; em que a vista, não alcança o que ontem alcançava, impedido de ver com mais nitidez o que via ontem; em que os ouvidos, não transmitem com tanta eficácia uma mensagem que ontem era transmitida com o mesmo tom de hoje, mas hoje esse tom não chega para transmitir…

É nestas alturas em que o idoso pensa, o que foi e o que é, tendo vontade de ter uma máquina do tempo e poder num só toque carregar num botão e voltar ao passado que levam no coração… Mas como máquina do tempo ninguém possui, resta-nos levar o passado ao presente de quem sente o passado vivo no coração de quem palpita a saudade de um passado onde o palco foi a felicidade… Podemos nós, levar a jovialidade ao presente do idoso, recordando o seu passado de juventude… podemos levar connosco uma mala cheia de memórias do passado, onde as fotografias, são a decoração do palco, onde os jogos com pedrinhas, uns com cordas, outros com anelinhos, eram os instrumentos das atuações no palco, onde os fatos de antigamente, eram o guarda-roupa dos atores de hoje, os idosos, onde os brinquedos de ontem eram o espetáculo de hoje, onde as vestes de à uns anos eram a moda de hoje, onde o passado subirá ao palco, mostrando à plateia, a razão pela qual, os atores de hoje deixam cair lágrimas dançarinas no rosto errogado pelas marcas da vida… Trará saudade a vinda da mala do passado!? Sim trata em todos os corações que estavam sufocados pelas recordações, não de emoções vivas diante de seus olhos… Saudade trará, mas felicidade dará ao rosto errogado pelas rugas do sorriso rasgado…

Um idoso terá idade marcada no seu bilhete de identificação, mas nunca a terá definida no interior do seu coração… Como Marie Von Ebner –Eschnbach refere “Uma pessoa permanece jovem na medida em que ainda é capaz de aprender, adquirir novos hábitos e tolerar contradições”

Em suma, um idoso não terá problema em ser velho, mas sim em um dia ter sido um jovem que hoje não vê, contudo o jovem está escondido no escuro de si mesmo, no coração, não quer ser visto, só quer que o coração que palpita sinta jovialidade e lute pela sua felicidade.

Nunca é tarde para aprender, nunca é tarde para viver…


Susana V

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